3º SEMINÁRIO AMAZÔNICO DE HISTÓRIA E NATUREZA

Programação Cultural

VÍDEO DANÇA

Felipe Melo, artista paraense, preparou um vídeo dança com o tema Rios de História especialmente para o 3º Seminário Amazônico de História e Natureza.


RIOS NA MÚSICA

Os artistas, ao longo da história da música, buscaram inspiração nos rios para compor suas melodias. Preparamos uma playlist para juntos navegarmos um pouco nas canções que falam dos caminhos fluviais. Acesse em https://open.spotify.com/playlist/1ioJ2E2GvEwT47kDZDUTR1


RIOS NA LITERATURA

· O cacaulista (1876) - Inglês de Sousa:

Segunda obra (mas a primeira da série) faz o leitor voltar às origens dos personagens Ritinha, Miguel Farias e os outros envolvidos na trama anterior. É no "Cacaulista" que o leitor fica sabendo por que Miguel e o tenente-coronel Ribeiro são inimigos e como se iniciou a paixão entre Miguel e a caboclinha da beira do rio.

A leitura também situa o homem amazônico na paisagem e como ele se transforma ao longo da decadência e apogeu que marcaram os ciclos de produção na Amazônia ao longo de décadas. Ao longo da narrativa, o autor escreve sobre os acontecimentos em meio ao Rio Amazonas do período.

· Contos amazônicos (1893) - Inglês de Sousa:

Esta obra nos transporta para histórias curtas, sobre formas de contos, em pleno cenário Amazônico, no qual o leitor encontra a floresta, a água e uma imensa biodiversidade e, claro, o homem. Portanto, o autor nos leva do lendário ao real, do mítico ao científico. Por mais que o próprio título deixe explícito o nome do rio em que irá se falar - Amazonas -, o autor consegue descrever outros que nascem ou terminam nesse mesmo, como por exemplo o Rio Tapajós, presente no conto "Voluntário" do livro.

O rio Tapajós é um rio que nasce no estado do Mato Grosso, banha parte do estado do Pará e desagua no rio Amazonas, ainda no estado do Pará, em frente à cidade de Santarém a cerca de 695 quilômetros de Belém. O nome Tapajós é originário de uma tribo indígena a beira do rio.

· Cenas da vida amazônica (1886) - José Veríssimo:

Cenas da Vida Amazônica é uma obra literária, ambientada na Amazônia paraense do séc. XIX. E é o Rio Amazonas o principal personagem dessas histórias, onde ele nos apresenta várias perspectivas, acontecimentos e características dos povos que habitavam a região nesse período, principalmente a população indígena. Sua primeira publicação ocorreu em 1886, pela editora Cardoso em Lisboa. Nela constava uma primeira parte intitulada "As Populações Indígenas e Mestiças da Amazônia: Sua linguagem, suas crenças e seus costumes".

· Macunaíma (1928) - Mario de Andrade:

"Macunaíma, o herói sem nenhum caráter" é um livro publicado em 1928 pelo polímata brasileiro Mário de Andrade, considerado a sua obra prima. Escrito em pouco tempo, mas fruto de pesquisas anteriores que o autor fazia sobre as origens e as especificidades da cultura e do povo brasileiro, narra a história do herói índio Macunaíma desde seu nascimento na selva até sua morte e transfiguração, uma trajetória movimentada e aventuresca em que é ajudado por seus irmãos e outros personagens, em busca de uma pedra mágica, o muiraquitã.

Havia recebido de seu grande amor, Ci, a Mãe do Mato, mas que fora perdida e acabara em posse de Piaimã, um gigante comedor de gente que vivia como abastado burguês em São Paulo. Macunaíma nasce e já manifesta sua principal característica: O herói vive às margens do mítico Rio Uraricoera com sua mãe e seus irmãos, Maanape e Jiguê, numa aldeia amazônica.

5. Cem anos de solidão (1967) - Gabriel García Márquez:

Cem Anos de Solidão é uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. Essa obra tem a peculiaridade de ser umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo.

O autor começa a história falando sobre o estado recente das coisas ao redor da família Buendía que, por não saberem o nome das coisas, as apontavam com os dedos. Gabo escreve sobre um rio que era o único acesso da família e que posteriormente vai ser utilizado como rota para o encontro de outras localidades vizinhas.

Por mais que o escritor não mencione o nome desse rio, estudiosos consideram como sendo o Rio Aracataca, principal da Colômbia região em que ele nasceu e escreveu o livro. "Macondo é Aracataca e Aracataca é Macondo.

Ali existe um rio com pedras polidas como ovos pré-históricos, borboletas amarelas e miúdas como as que giravam em torno de Remédios, um calor infernal que faz do gelo um dos melhores inventos da humanidade e existem as chuvas e inundações do rio Aracataca (que provavelmente inspiraram Gabo a colocar quatro anos de dilúvio ininterrupto em Macondo, onde, no dia seguinte, era possível contemplar peixes voando pelos ares devido à grande umidade)".

· Visagens e Assombrações de Belém (1986) - Walcyr Monteiro:

"Visagens e Assombrações de Belém" é um livro com a compilação de contos fantásticos e de histórias sobrenaturais e de visagens que povoam o imaginário amazônico e especialmente da região metropolitana de Belém, capital do Estado do Pará.

No conto "as ilhas encantadas do Marajó", presente no livro, o autor constrói a narrativa voltada ao imaginário social de mistério sobre a região do Marajó no Pará, onde o rio de mesmo nome constitui o personagem principal das histórias encantadas da região Norte do país.

· Entre rios (2004) - Domingos Pellegrini, Índigo, Marcelino Freire, Márcio Souza, Maria José Silveira, Maria Valéria Rezende, Moacyr Scliar:

Organizado pela autora Maria José Silveira, o livro "Entre rios" reúne 7 contos de escritores ficcionistas contemporâneos brasileiros. O cenário onde os personagens transitam são aos redores de rios de diversas regiões do Brasil, como: Paraná, São Francisco, Solimões, Tietê, Araguaia, entre outros. Histórias que vão desde um filho que vai ao encontro do pai por um rio até a de um garoto urbano que idealiza um rio no seu quintal.

· Primeiras Estórias - João Guimarães Rosa:

O livro "Primeiras Estórias" reúne vinte e um contos do autor João Guimarães Rosa. O sexto conto intitulado "A terceira margem do rio" fala de uma família ribeirinha em que o chefe da família é honesto, bom e cumpre o que promete. Esse contexto se transforma totalmente quando o pai resolve confeccionar uma canoa para navegar pelo rio. Não saindo nunca mais da embarcação.

O rio exerce um papel indispensável no conto chegando a ser quase um personagem. Ele representa a alma humana, pois quando a água é límpida podemos ver o próprio reflexo, assim como se pode ver a verdade quando proferida por uma pessoa honesta. Ou seja, "A terceira margem do rio" representa o desconhecido, mas também a jornada do pai rumo à sabedoria e a compreensão do que é realmente ser um humano.


EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFIA


PODCAST 'RIOS DE HISTÓRIA'

A série 'Rios de história', produzida a partir do projeto Historix apresenta ótimas entrevistas com pesquisadores que têm desenvolvidos estudos com a temática dos rios. Acesse https://lveh.webnode.com/podcast/ 


RIOS EM VERSO

O RIO
Manuel Bandeira

Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.

O RIO QUE FAZIA VOLTA...
Manoel de Barros

O rio que fazia uma volta
atrás da nossa casa
era a imagem de um vidro mole...
Passou um homem e disse:
Essa volta que o rio faz...
se chama enseada...
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás da casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem. 

DEIXA-ME SEGUIR PARA O MAR
Mário Quintana

Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como
evocar-se um fantasma... Deixa-me ser
o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...

Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão em mim as crianças banhar-se...

Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar, as imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...

toda a tristeza dos rios é não poderem parar!

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